O mundo da moda passou a ver e valorizar matizes de peles/culturas para além dos 50 zilhões de tons do branco europeu desde que a afro-descendente Donyale Luna (1945-1979) cravou a primeira capa numa grande revista, em 1965. Corta para 2018: sob direção da brasileira Igi Ayedun, editora fashion que orbita no eixo Paris-SP, a “L’Officiel Brasil” revela este ensaio exclusivo que funde belezas contemporâneas aos fundamentos tradicionais franceses. “Precisamos desconstruir os imaginários do luxo. Associamos a Chanel a um tipo de beleza mais comum no Brasil e encurtamos as distâncias por meio de uma linguagem mais democrática. A moda está sendo redesenhada por questões sociais e, neste contexto, discussões sobre diversidade e outros corpos – negros, pardos, indígenas, trans – influenciam diretamente a indústria”, dispara.